As chuvas ocorridas em Juazeiro do Norte, durante esta estação chuvosa influenciaram na erosão do poço de quase 70 metros de profundidade, no qual duas mulheres caíram na quinta-feira (24) e uma delas morreu. A informação foi confirmada pelo coronel Agnaldo Viana, comandante do Corpo de Bombeiros da região, que ressaltou os cuidados para que acidentes como esse não sejam frequentes.
No domingo (27), o Corpo de Bombeiros resgatou o corpo de Sônia Cristina Pereira da Silva, de 48 anos, após 70 horas de operação de resgate. Ela caiu na estrutura com a amiga Edilânia Moreira, que sobreviveu com fraturas nas pernas e nos braços.
De acordo com o coronel, em virtude das chuvas, “toda a água que descia ali estava causando erosão nas paredes da cacimba. Isso meio que facilitou. Com certeza, o poço erodiu em virtude das chuvas, [pois] foi cedendo o piso por baixo”. A estrutura é antiga e estava desativada, conforme o comandante dos bombeiros. O local tinha uma tampa e um piso, mas acabou cedendo.
De acordo com o coronel Viana, poços desse tipo que são usados para retirar água para uso da família são comuns no Ceará. Por isso, é preciso uma série de cuidados para evitar que acidentes desse tipo se repitam. O aspecto principal, inicialmente, é se a estrutura está sendo utilizada ou não.
“[Caso o poço esteja desativado], se não tem água dentro pra retirar, nossa indicação é que seja entupida a cacimba para que não haja um acidente desse jeito”, indica o profissional. Se o espaço ainda é utilizado para retirada de água de um lençol freático, a indicação é distinta.
“Se a pessoa não quiser entupir, é preciso que o poço tenha pelo menos um metro acima de estrutura de tijolos. É importante também que seja tampado e observado, além de ser feita manutenção periódica”, avalia.
Essas estruturas feitas artesanalmente não são verificadas pelo Corpo de Bombeiros, mas a indicação dos militares é que elas sejam avaliadas por profissionais de engenharia e pela Defesa Civil.
G1